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Nesta terça-feira (14), o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, declarou que a entidade vai acatar a decisão dos clubes que defendem a paralisação do Campeonato Brasileiro devido às enchentes que atingem o Rio Grande do Sul. Entretanto, alertou que a deliberação pode ser prejudicar o calendário do futebol nacional.
Os clubes que defendem e concordam com a paralisação, que se pronunciaram nesta segunda-feira (13), foram os pertencentes à Liga Forte União (Atlético-PR, Atlético-GO, Botafogo, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude e Vasco) além de times como Atlético-MG, Grêmio e outros.
Ressaltando o calendário apertado, em entrevista ao site GE, o presidente citou as dificuldades. “Temos um calendário difícil e a paralisação pode tornar tudo ainda mais difícil”, disse.
“Isso envolve calendário, classificação para as competições sul-americanas e até a Intercontinental, caso um clube brasileiro ganhe a Libertadores. Não é tão fácil assim. Mas somos todos democráticos”, afirmou o presidente.
Ednaldo também destacou a questão econômica que está envolta na decisão. “Vou dar só um exemplo do que acontece quando o Campeonato Brasileiro para. No Maracanã, principalmente quando joga o Flamengo, que tem uma média de público alta, emprega ali no momento 1.200 pessoas. Essas pessoas não estão na folha de pagamento do Flamengo. Mas fazem seu trabalho e recebem ali sua cota”, disse ele.
”Com essa cota dão sustento às suas famílias. Ele sai dali e vai no supermercado comprar os alimentos para que suas famílias não fiquem com fome. Temos que olhar por essa ótica também. Muita gente depende do futebol”, continuou.
O presidente declarou que a decisão oficial será tomada na reunião extraordinária marcada para o dia 27, que contará com a presença de presidentes dos 20 times da Série A do Campeonato Brasileiro.