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O empréstimo de R$ 13 milhões feito pelo Hospital Padre Zé durante a gestão do padre Egídio de Carvalho Neto encontra-se suspenso, conforme informado pelo atual diretor da instituição, padre George Batista, nesta terça-feira (5). Diante da crítica situação financeira da instituição filantrópica, o novo dirigente e sua equipe buscaram a presidência da Caixa Econômica em busca de uma solução para o empréstimo contraído na gestão anterior. Um acordo de suspensão das parcelas foi estabelecido, visando proporcionar maior estabilidade ao processo de reconstrução administrativa.
Em entrevista ao programa Correio Debate, da rádio Correio 98 FM, padre George explicou: “Existe um empréstimo no valor de R$ 13 milhões. Tivemos uma reunião com o presidente da Caixa, e as parcelas desse empréstimo ficaram suspensas. O hospital precisa de uma renda que gira em torno de R$ 1 milhão e 300 mil. Por conta desse empréstimo, o hospital estava pagando uma parcela que girava em torno de R$ 300 mil. Com essa renegociação, nós vamos ter uma certa folga. E aí cai o deficit para R$ 200 mil.”
Padre George também revelou que estão ocorrendo reuniões entre a direção do hospital e empresários da cidade, organizadas por Roberto Santiago, dono dos shoppings Manaira e Mangabeira, em busca de recursos para facilitar o pagamento da folha salarial dos funcionários. “Tivemos uma reunião com empresários, que se comprometeram num período de três meses ajudar o Hospital Padre Zé, levantando recursos que giram em torno de R$ 200 a R$ 300 mil”, afirmou.
O religioso destacou ainda que o empresário Roberto Santiago assumiu o compromisso de pagar a folha dos funcionários e prestadores de serviços referente ao mês de agosto. Confirmou-se a demissão de aproximadamente 20 pessoas, e a folha salarial atual da unidade gira em torno de R$ 700 mil.
“Está em dia a folha dos prestadores de serviços e funcionários. E nós vamos agora colocar em dia a folha dos médicos e médicas ambulatoriais. Está sendo uma luta, até porque novembro e dezembro tem décimo terceiro. Pagamos a primeira parcela (do 13º salário) no último dia 30, e estamos correndo atrás de R$ 307 mil reais para ainda essa semana pagar a folha de novembro que vence no quinto dia útil de dezembro”, revelou o padre George.
Em relação ao padre Egídio de Carvalho, este permanece detido desde o dia 17 de novembro, após a segunda fase da Operação Indignus, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). O Gaeco alega que as investigações revelaram um esquema estimado em cerca de R$ 140 milhões, realizado por meio do Instituto São José, responsável pelo Hospital Padre Zé, e da Ação Social Arquidiocesana, durante o período de 2013 a setembro deste ano.